Celular de motorista de app assassinado por PM desapareceu após o crime; carro foi levado ao Detran sem que houvesse perícia 

Gustavo da Silva Xavier foi morto com um tiro no peito. PM do BPTran que estava de folga, com carro particular, matou o trabalhador depois de uma briga de trânsito. Imagens de câmeras do bairro Portão, em Curitiba, indicam que o policial fugiu depois de bater no veículo do motorista. 

A família do motorista de aplicativo Gustavo da Silva Xavier, assassinado pelo policial do militar do BPTran Jardel Bruno Vieira, que estava de folga, após uma briga de trânsito no dia 17 de abril, afirma que o celular da vítima desapareceu após o crime. A situação aconteceu na Avenida República Argentina, no bairro Portão, em Curitiba 

Imagens de câmeras de segurança obtidas pela RIC-TV indicam que houve uma colisão entre o carro pessoal do PM e o veículo do motorista de aplicativo e que o policial fugiu do local do acidente. Gustavo foi atrás. 

Imagens também mostram que após algumas quadras, os carros param, o motorista desce e é morto com um tiro no peito. 

O carro dirigido pelo trabalhador assassinado era alugado e foi recolhido ao pátio do Detran de forma irregular e não teria passado por perícia, natural em um local de crime. 

A primeira versão apresentada pelo policial e replicada por um veículo de imprensa foi de que ele estaria sendo perseguido. A informação de que na verdade se tratava de uma briga de trânsito foi omitida, sugerindo que Gustavo estaria ligado a algum tipo de crime premeditado, em um desrespeito à família da vítima. 

O deputado estadual Renato Freitas (PT) pediu ao Ministério Público do Paraná que acompanhe as investigações sobre o assassinato do motorista. A Corregedoria e a Ouvidoria da Polícia Militar também foram oficiadas.

“A impunidade em outros casos de violência policial provoca novas tragédias como essa”, disse Renato Freitas.

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Brunna