Renato Freitas quer mudança na Direção do PT e entra em campanha: “Minha aposta é no Zeca Dirceu”

Deputado estadual declara que posicionamento no segundo turno do Processo de Eleições Diretas (PED) é por “coerência” e diz acreditar em um “PT mais próximo da base”

O deputado estadual Renato Freitas entrou nessa quarta-feira (16) com força total em campanha pela eleição do deputado federal Zeca Dirceu para o comando do Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) no Paraná.

Zeca disputa o segundo turno do Processo de Eleições Diretas (PED) da sigla contra o deputado estadual Arilson Chiorato, atual presidente do PT no Estado.

Com duras críticas à gestão dos últimos seis anos, Renato Freitas relacionou motivos para sua aposta em mudança e consequente envolvimento na campanha para que Zeca Dirceu seja o novo presidente do PT no Paraná.

“O PT da direção atual está cada vez mais distante da base. Formou-se uma casta que é comum em partidos de direita, onde as decisões vêm de cima pra baixo. A militância não tem voz”, denuncia.

Renato elencou problemas e mudanças indispensáveis. Com suas próprias palavras, Renato descreveu falta de mobilização e inércia da gestão em reunir a base.

“Estão sempre optando por não mobilizar os militantes para ação prática, não apostam em formação de base e não fazem campanhas eficazes contra o fascismo que se fortalece”, classifica. “Escolhem a conciliação e não o enfrentamento, deixando de cumprir o papel histórico do PT, que é a luta em favor dos trabalhadores e trabalhadoras”, lembra.

Filiado desde 2017, tendo passado pelo partido também entre 2004 e 2006, Renato fez questão de elencar momentos em que se sentiu ignorado. “Já fui abandonado por essa direção partidária em vários momentos da minha trajetória política”, destaca.

“Quando fui acusado de invadir a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, em Curitiba, tive que lutar sozinho contra a mentira. Contei com as pessoas da base, da quebrada, mas não com o comando do partido. A direção municipal, a estadual e a nacional me jogaram na fogueira. Preferiram acreditar no MBL a defender um de seus militantes que estava sendo atacado por lutar pela vida” dispara.

Segundo Renato, a postura da direção afetou a relação dele com a legenda. “É irreversível”, pontua.

Outro momento citado pelo deputado estadual foi quando denunciou o então presidente da Assembleia, Ademar Traiano (PSD). “Fui novamente abandonado pela direção do PT, que inclusive não orientou que os deputados do partido assinassem o meu pedido de CPI para investigação de Traiano na Alep”, lembra.

Ao enfrentar criminosos de dentro e fora do aparelho do Estado, segundo ele, não conta com qualquer tipo de proteção, ajuda ou estrutura do partido, mesmo comprovando ameaças contínuas: “Fui deixado à própria sorte por uma direção que ignorou todos os meus pedidos de segurança e amparo jurídico”.

Renato conclui destacando que o único caminho coerente com sua história e representatividade seria apostar na alternativa à atual gestão do PT.

“As minhas experiências mostraram que uma direção que abandona seus militantes durante as batalhas mais duras não merece confiança. Por isso, na esperança de que o PT tenha outros rumos, contra as vozes dominantes, a minha aposta é na alternativa. Neste PED para a direção estadual do PT no Paraná, eu aposto em Zeca Dirceu”, finaliza. A votação está marcada para 27 de julho.

Facebook
Email
WhatsApp

autor

Narley Resende